segunda-feira, 14 de julho de 2008

Dormiu comigo sem querer

Passou a semana a pensar em dois sonhos. Num deles, a vizinha loura e de olhos azuis, bem sublinhados com lápis preto, com mais de 88 anos, já lhe tinha perdido a conta, era uma espécie de Lara Croft idosa que queria resolver um problema no Metro do Areeiro. Para isso, vestida à guerreira, andava no túnel, no meio daquele escuridão. Naquele sonho, a minha pessoa tentava demovê-la a não fazer o que era mais arriscado. Uma tarefa difícil, porque ela não se importava de morrer. Noutro sonho, Hugo meteu-lhe a mão pela axila tocando-lhe ao de leve no início da mama quase sem querer. O gesto atingiu-a como um flecha, distribuindo-se velozmente o sangue até chegar a todas as extremidades. Às mãos, só não chegou ao dedo mindinho, que, infeliz, se sentiu rejeitado. Em três tempos ficou dormente. Acordei deste sonho sem sentir a mão. Tinha-a pressionado com a almofada. E a pensar como tinha levado o Hugo a dormir comigo nessa noite se só me dirigiu uma frase nesta vida. Do outro sonho, foi fácil tirar conclusões... Cansada, estou exausta. O sonho deu-me conta do desgaste que é estar sempre a evitar que certos acontecimentos aconteçam.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não há forma de se adormecer, pois não;)? Estavam a fazer-me falta, as tuas histórias:)!