quarta-feira, 23 de novembro de 2011

esquece lá isso

Adoro esquecer,
gosto tanto de esquecer
como de lembrar,
e quase esqueci,
estava quase...
Sei que quando te esquecer,
vou festejar,
quero lembrar-me
do esquecimento

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

fora de prazo

Apagou o cigarro na mão e disse-lhe: "Estás a ver? Queima e passa". Ele tinha gostado muito, muito dela. Teve-a na cabeça meses a fio sem dizer palavra a ninguém. A declaração deu-se fora de prazo. Naquela fase, estava noutra dimensão. Dormia com uma namorada divertida e sexy. Andava com dores nos maxilares de tanto rir. Nada daquilo fazia agora sentido. O passado, passou, morreu. Gente que ressuscita nunca a entusiasmou. Traumas da catequese. A morte não tem amigos.