domingo, 9 de dezembro de 2012

o meu primeiro diário

Os emails permitem esse exercício fantástico que é mandar mensagens para nós próprios em meio segundo. Eu cá mando de tudo. Dicas de livros, músicas, álbuns, ideias para artigos, versos desgarrados, receitas, declarações de amor, conselhos de amigos, ruas a descobrir, coisas a evitar. Foi aí que dei por mim a pensar que estava a fazer dos emails que envio para mim própria uma espécie de diário, ainda que desorganizado, substituição de uma agenda de papel, que também tenho, igualmente repleta de rabiscos indecifráveis. Foi aí que decidi que vou oferecer diários às minhas sobrinhas. Vou encaderná-los e arranjar separadores para os capítulos aqui descritos. Obra caseira. Papéis lindos. Também tive os meus diários, um atrás do outro, quando era miúda. Não escrevia grandes prosas, um, dois parágrafos, fazia desenhos, colava recortes e dava-lhe legendas, guardava lembranças, sinais de interesses amorosos, mas lembro-me de olhar para eles e de achar que estava diante da caixa dos meus pensamentos mais preciosos. 





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