domingo, 9 de dezembro de 2012

um ponto

Corria, desviava-se agilmente das pessoas à sua frente, e corria, sem parar. Depois dos degraus, na plataforma de cima, a vista. Os comboios que se aproximavam e ganhavam tamanho e os que partiam e perdiam. Ficava a vê-los desaparecerem num ponto. Entretanto, ouviu o seu nome e voltou. Fez o caminho inverso. O avô esperava-a. Não se zangava. Confiava. Voltava direitinha. A estação da Pampilhosa era assim na sua infância. Muito movimentada. Uma cidade de linhas férreas, onde se cruzavam centenas de desconhecidos e ouvia de cinco em cinco minutos informações de chegadas e partidas. Todos partiam.

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