domingo, 2 de janeiro de 2011

Plantar uma árvore

Estava quase a chegar a casa, já na sua rua, quando reparou na escultura de uma árvore, estacionada em frente à porta do prédio número sete. Raios, pensou. Parou. Mexeu-lhe nos ramos e descobriu que parte deles estavam partidos. Só os de cima estavam bem de saúde. Estavam presos por uma rosca ao tronco e mexiam-se à nossa vontade. Olhou então para o relógio e fixou cinco minutos. Estaria abandonada, prontinha para ir para o lixo? Ou alguém a teria deixado no passeio enquanto tinha ido simplesmente buscar o carro? Findo os cinco minutos, deu por si a agarrar nela desajeitadamente. Colocou-a debaixo do ombro e trouxe-a para casa. Foi uma odisseia. Além de pesada, era alta e foi difícil fazê-la entrar pela porta. Teve de a inclinar duas vezes. Levá-la para o escritório também foi custoso. Ganhou uma nódoa negra no braço. Deu um trabalhão. Mas passado 25 minutos, a árvore estava plantada.

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