terça-feira, 9 de novembro de 2010

Totós

Felismina sempre gostou de totós. Um dia, em conversa com o Rodrigues, viu-se obrigada a explicar o porquê de tal capricho. Depois de voltas e mais voltas no discurso, pressionada pelo amigo que um dia quis ser psicólogo e que por isso ia praticando com as amigas, deu por si a concluir: "Quando se vai para a cama com alguém pela primeira vez há sempre um certo embaraço, falta à vontade, mas é também isso o motor da ligação". "E então?", perguntava Rodrigues. "Atrai-me esse caminho, essa rua estreita para chegar à intimidade".

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