segunda-feira, 15 de setembro de 2008

mama

Estava calor e o ar condicionado não era suficiente para refrescar o carro. Abriram as janelas. A conversa estava bem disposta. As gargalhadas sucederam-se. De repente, estavam a chegar à Ericeira. Bem, tinham-se perdido. Fazer inversão de marcha foi complicado. Acabaram por seguir exactamente o que um carro fez. Mas não sabiam agora qual seria o caminho a tomar. Tinham três hipóteses pela frente. Teresinha queixava-se do calor. Tinha improvisado um leque com um folha de papel e ia dizendo: “Não se está bem em lado nenhum!”. Maria, a condutora, resolveu parar para perguntar a um senhor barrigudo que seguia com a mulher e a filha atrás, cada uma delas devidamente espaçadas por cinco metros de diferença, sobre a estrada mais próxima para a praia de São Julião. No banco de trás, estava Lolita, sempre de olho atento. O indivíduo apareceu do lado da Teresinha. Esta desceu o vidro da janela até ao fim e Maria perguntou: “Por favor, sabe dizer-me qual é o melhor caminho para a praia de São Julião?”. O senhor parecia bloqueado. Não respondeu. Saiu-lhe da boca um som: “Hã? Hã?”. Maria repetiu e ele lá disse, mas sempre com uma cara de espanto a acompanhar. Arrancaram e seguiram. Lolita estava ainda a comentar a família que não andava lado a lado na rua, quando Teresinha solta um grito: “Tenho uma mama de fora!”. Tinha-lhe caída a alça e a camisola. Choraram de tanto rir. Por isso, o pai de família reagiu como reagiu. Teresinha rematou ainda: “Esta estava a morrer de calor".

2 comentários:

Anónimo disse...

As boas histórias dão vários takes, não é;)?

Anónimo disse...

Essa Teresinha...