segunda-feira, 3 de novembro de 2014

canta por aí

como canta bem aquele papagaio. adoptei-o, mesmo sem nunca o ver. Não importa se é feio. Feio é o que repugna e ele jamais repugnará. Foi banda sonora das noites quentes. adoptei-o mas nunca lhe pus o olho em cima. Como canta bem e enche o beco maior das redondezas. enche a rua, o bairro. não importa se é bonito. canta, afinado, melodias diferentes a cada dia, por vezes deixa notas perdidas, deixando o desfecho por fazer. falta o quanto falta. Imagino-o ternurento.

Sem comentários: