Soprava vento lá fora
estavam frescos os lençóis
e o teclado do computador
ponta dos dedos
vinha com o dia inteiro
dentro de mim
para deitar fora
despejar
não saía pela boca
nem pelas narinas
essas, entupidas
vedavam
a passagem
sabia que precisava
de fazer do dia tóxico
um passado
para poder dar ao sono
um presente
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