segunda-feira, 27 de maio de 2013

iphónicos

Caminhavam pelos passeios, conversando a bom ritmo, de forma encadeada. Não haveria guião de filme mais perfeito a esse nível. Falas vivas, períodos pouco extensos. A vizinha, o pão, o Herberto Helder, as férias no campo, a queda do precipício, a viagem a Israel, ligaram-se espontaneamente. As declarações de amor ficam sempre para depois. Escrevem-nas via iphone. Ao vivo, não se fala delas, não vá o éter desviar-lhes o sentido.

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