domingo, 20 de fevereiro de 2011
Linha de pauta
Acordei cedo, andei de bicicleta, pedalei e enfrentei o frio. Senti a pele a ficar rosada sem ser por causa do vinho. Os pulmões estavam a abrir-se e tudo corria bem até ter tropeçado. As mãos não se agarraram ao chão como era devido. Resultado: joelhos esfolados, mãos raspadas pela brita do passeio, três nódoas negras nas coxas. Levantei-me. Olhei para cima. Havia uma nuvem com um nariz saliente a olhar para mim, um avião a rasgar o céu e a deixar rasto, uma linha de pauta de música, como as que desenho quando quero matar tempo, desligar o cérebro, para que descanse. Regressei a casa de bicicleta na mão. Ela inteira, eu acidentada. De volta ao Blackberry, tinha-o deixado em casa, volto à comunicação com os meus. Tinha a mensagem: “Não é dos piores. Nível três. Posso ser operado”.
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