Joana decidiu que era desta que iria fazer psicoterapia. Não conseguia dar o salto. Enquanto estava com os pés fora do chão, instantaneamente apaixonada, deixava-se levar. Sentia-se capaz de conquistar o Norte de África aos mouros. O seu cérebro parecia dominado por aquele estado de graça e tornava-se mais feminina e sagaz. O problema dava de si, quando chegava a hora de dar o salto. O salto para um namoro. Interpretava qualquer pequena quebra, falta de entusiasmo, como uma desilusão e rapidamente desistia antes de pôr o pára-quedas às costas. Por isso, viveu paixões, viveu. Esgotou-as.
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